A mula sem cabeça
A mula sem cabeça é uma lenda do folclore brasileiro. A sua origem é desconhecida, mas bastante evidenciada em todo o Brasil. A mula é literalmente uma mula sem cabeça, que solta fogo pelo pescoço, local onde deveria estar sua cabeça. Possuem em seus cascos, ferraduras que são de prata ou de aço e apresentam coloração marrom ou preta. Segundo alguns pesquisadores, apesar de ter origem desconhecida, a lenda fez parte da cultura da população que vivia sobre o domínio da Igreja Católica. Segundo a lenda, qualquer mulher que namorasse um padre seria transformada em um monstro. Dessa forma, as mulheres deveriam ver os padres como uma espécie de “santo” e não como homem, que cometessem qualquer pecado com o pensamento em um padre, acabaria se transformando em mula sem cabeça.
Segundo a lenda, o encanto
somente pode ser quebrado se alguém tirar o freio de ferro que a mula sem
cabeça carrega, assim surgirá uma mulher arrependida pelos seus “pecados”. Na
maioria dos contos, é uma forma de assombração de uma mulher que foi amaldiçoada
por Deus por seus pecados, muitas vezes é dito ser uma concubina que fez sexo
dentro de uma igreja com um padre católico e foi condenada a se transformar em
uma criatura descrita como tendo a forma de um eqüino sem a cabeça que vomita
fogo, galopando pelo campo do entardecer de quinta-feira ao amanhecer de
sexta-feira. O mito tem várias variações sobre o pecado que amaldiçoou a mulher
a se transformar no monstro: necrofagia, infanticídio, um sacrilégio contra a
igreja, fornicação, incesto, etc.
Em outras
regiões, contam que, se uma mulher perde a virgindade antes do casamento, pode
se transformar em mula-sem-cabeça. Esta versão está muito ligada ao controle
que as famílias tradicionais buscavam ter sobre os relacionamentos amorosos,
principalmente das filhas. Era uma forma de assustar as filhas, mantendo-as
dentro dos padrões morais e comportamentais de séculos passados.
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